Cansei da minha procura boba por conhecimento e diversão.
Eu quero os bons.
Quero só os bons.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
O meu sonho dela
Sonhei que ela o acordava beijando as costas nuas e descobertas pelo lençol claro que apenas escondia as nádegas carnudas.
Se no meu sonho fosse ela, teria medido cada pedaço de carne, pele e pêlos que estavam expostos ali naquele colchão disposto ao chão.
Ela, não. Não faria e não fez nada além de olhar para ele dormindo.
- Mas o sonho é meu, ora bolas!
Eis que tomei as rédeas da imaginação mesmo quando não poderia fazê-lo. E fiz, assumi aquela mulher como se fosse um encosto. Não encontrei dificuldades para ser incorporada, afinal, aquele sonho tinha tudo para ser um dos melhores, e nem mesmo ela queria que sua postura pudica, sua alma velada e seu corpo intacto estragassem a única oportunidade que realmente surgira.
Então eu deixei de sonhar para viver num sonho.
Beijei as costas nuas sem querer acordá-lo. A vontade de usá-lo para o meu próprio prazer era sutil demais para torná-lo consciente, mas quis abusar daquele corpo e daquele contexto.
Um quarto levemente escuro e fresco, contraditoriamente escuro e fresco, já que o sol brilhava ardoroso do lá de fora do cômodo; um chão levemente frio como se esperasse esquentar logo; alguns objetos bem colocados, outros nem tanto, mas bem melhor adaptados ao ambiente; alguns aparelhos extremamente funcionais pela sonoridade; um perfume peculiar; um lugar íntimo e uma pessoa intimista e semi-nua.
Não controlei nenhuma parte de mim - ou melhor, nenhuma parte dela. Deixei que as mãos percorressem as pernas também expostas, até que ele, não tão sensível, pudesse perceber as unhas que levemente arrepiavam seus pêlos.
Eu e ela poderíamos ter passado um bom tempo nos aproveitando da contemplação a que nos propomos, eu bem mais que ela. Mas ele abriu os olhos, e aquelas duas esmeraldas, brilhantes e implacáveis fizeram com que ela se debatesse internamente por soltar-se de mim.
Caí sem jeito e sem matéria ao chão diretamente olhando nos olhos dele. E ele, com certeza, me viu e me quis.
Tentei me manifestar novamente dentro dela, mas a única coisa que consegui foi causar-lhe um arrepio - Ela se firmou imediatamente solta de si mesma e, imbecil, apenas sorriu pra ele.
- O sonho é meu, sua idiota!
Convencida disso, por certas doses de decepção e cólera, despertei.
Se no meu sonho fosse ela, teria medido cada pedaço de carne, pele e pêlos que estavam expostos ali naquele colchão disposto ao chão.
Ela, não. Não faria e não fez nada além de olhar para ele dormindo.
- Mas o sonho é meu, ora bolas!
Eis que tomei as rédeas da imaginação mesmo quando não poderia fazê-lo. E fiz, assumi aquela mulher como se fosse um encosto. Não encontrei dificuldades para ser incorporada, afinal, aquele sonho tinha tudo para ser um dos melhores, e nem mesmo ela queria que sua postura pudica, sua alma velada e seu corpo intacto estragassem a única oportunidade que realmente surgira.
Então eu deixei de sonhar para viver num sonho.
Beijei as costas nuas sem querer acordá-lo. A vontade de usá-lo para o meu próprio prazer era sutil demais para torná-lo consciente, mas quis abusar daquele corpo e daquele contexto.
Um quarto levemente escuro e fresco, contraditoriamente escuro e fresco, já que o sol brilhava ardoroso do lá de fora do cômodo; um chão levemente frio como se esperasse esquentar logo; alguns objetos bem colocados, outros nem tanto, mas bem melhor adaptados ao ambiente; alguns aparelhos extremamente funcionais pela sonoridade; um perfume peculiar; um lugar íntimo e uma pessoa intimista e semi-nua.
Não controlei nenhuma parte de mim - ou melhor, nenhuma parte dela. Deixei que as mãos percorressem as pernas também expostas, até que ele, não tão sensível, pudesse perceber as unhas que levemente arrepiavam seus pêlos.
Eu e ela poderíamos ter passado um bom tempo nos aproveitando da contemplação a que nos propomos, eu bem mais que ela. Mas ele abriu os olhos, e aquelas duas esmeraldas, brilhantes e implacáveis fizeram com que ela se debatesse internamente por soltar-se de mim.
Caí sem jeito e sem matéria ao chão diretamente olhando nos olhos dele. E ele, com certeza, me viu e me quis.
Tentei me manifestar novamente dentro dela, mas a única coisa que consegui foi causar-lhe um arrepio - Ela se firmou imediatamente solta de si mesma e, imbecil, apenas sorriu pra ele.
- O sonho é meu, sua idiota!
Convencida disso, por certas doses de decepção e cólera, despertei.
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