quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Não-ser é

O não-ser é. 

Dor, insuportável saudade
Quando lembro de minha beldade.
O mal é abstrato, mas física é a dor.
Sem seu meigo carinho e o seu uno amor.
Talvez a dor passe um dia,
mas não podemos confiar na cronologia,
pode o amor não acabar,
mas o tempo vai passar
e pode ser tarde pra a gente se amar.
Disso é que eu tenho medo,
Mas em meu coração
vou manter em segredo
nosso amor com todo zelo.
Saber que fiz você sofrer
Faz minh’alma padecer.
Chorei aos versos de Bandeira:
“compassiva e benfazeja”
Rolaram lágrimas por cima da bandeja
que comia a pipoca e só pensava em você.
Nossas tarde tão monótonas,
mas tão cheias de amor e satisfação.
Não queríamos mais nada.
Bastava a ocasião
pra ficarmos juntos o dia inteiro.
Nossos sorrisos não se fechavam por nada,
A não ser por abrir a geladeira e não encontrar a goiabada,
porque vital é a sua companhia
não importa aonde for.
Na cama, no sofá ou no estacionamento.
Ainda me apaixono toda vez que lembro
Do seu cabelo ao vento.
Em minha memória, fotografei esse momento.
Porque em mim tudo é você.
Não poderia ter esquecido de você nenhum instante,
Mas foi nessa maldita hora
que plantei a angústia que sinto agora.
Discutindo na escola,
Me disseram que não existe o nada,
Mas eu longe de você
Não sou nada além do Não-Ser. 


Evelon Oliveira