segunda-feira, 2 de julho de 2012

Não compreendo a ti. Releio tuas declarações e ainda ressoam teus sussurros mais sinceros aos meus ouvidos. Teu peso, teu calor e o "eu te amo" com ou sem pedidos cheios de dengo e vontade. Onde ficaste, aonde foste? Por que soltaste a minha mão? Eu fiquei tão só. Eu com umas tuas camisas, uns livros, uns discos e aquela tua foto e, nesta, teus enormes olhos verdes pelos quais me apaixonei.
Guardei-te numa caixa, quis que estivesses fora do coração e só dentro dela, mas toda vez que a abro bate forte meu músculo vermelho enfraquecido, falta a-r nas vias vermelhas e sobram lágrimas pra inchar e avermelhar meu rosto mais magro e pálido de agora. Já não sei mais o que reflito no espelho; Gostaria de voltar a refletir a beleza que gostavas, a sensualidade criada só pra ti. Aonde foram teus sentidos, será que captas minha tristeza nas frequências que libero, enquanto fecho os olhos cabisbaixa pedindo por ti irracionalmente? Por quê? O que faltava em mim? O que sobrava em ti? Melhor esquecer-te. Quem disse que tento? Bem sei que não consigo.

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