segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mochileira

Leve-me com você. Nem sei o motivo, mas acho que iria pra qualquer lugar. Do objetivo, talvez saiba, mas não quero fazer dele a razão, quero muito além, quero mesmo é emoção.
Vamos passar no supermercado e comprar uns mantimentos pra viagem sem rumo e cheia de sentido. Mais na frente a gente passa num bar pra se despedir dos seus amigos, beber a saideira sem nem começar e convidar os mais aventureiros a aparecerem.
Não os convide pra ir conosco, quero você ao menos uns intantes 'finalmente sós". Só pra ver se descubro algo mais, que agora está difícil decifrar e definir. Faz duvidar o desafio e, mesmo que não pareça mais ou menos interessante, é tão estimulante estar na situação tal.
Essa situação de não conhecer, mas querer muito. E muito mais do que apenas conhecer.
Vai ver não tenho mesmo bom gosto, ou o gosto seja só mais um sinal, e sinais não andam servindo para o mundo, e eu, diferente do mundo, ando querendo todo o conteúdo.
Já calculei distraidamente a sua altura e até o tamanho dos seus cabelos, já até me insinuei - coisa pra lá de incomum, mas as coisas não se projetam, não se geram por si só. Onde é mesmo que eu aperto o botão "Iniciar"? Parece que nem comecei a tentar ainda. É porque não estou tentando, só buscando conseguir.
Leve-me com você, nem precisa me chamar pelo apelido carinhoso, basta saber meu nome e reconhecer os carinhos de minhas mãos em sua cabeça e nas panturrilhas que tenho mania de (querer) mexer.
Ou melhor, vou chegar até você, ser levada não é do meu feitio, e eu aqui pedindo sem medir só pra fazer cena. Eu aqui querendo falar mais, quando tenho predileção pelo silêncio. Curiosidade sem origem que, portanto, não é curiosidade, sendo apenas vontade. Tenho até boa vontade de fazer-lhe o café. Tenha, então, não boa vontade, mas vontade boa e me leve com você.
Acredite, devo pesar uma bagatela. Pegar-me no colo em ritual matrimonial é coisa brega. Viu, até que nisso não sou careta.
Eu vou é na sua mochila vermelha
*!

* - cor nº 1.

5 comentários:

Jaya Magalhães disse...

A cada vez que você se deixava filmar, durante essas letras, eu me via. Me vi, como já fui. Me vi como sou. Me vi como posso me propor a ser. Porque mochilar assim, é das delícias mais sonhadas. Mas sonhar cansa, e fazer real é só uma questão de se enfiar na mochila vermelha. Não, não como qualquer coisa de surpresa. Mas assim, com permissão. Assim, como quem pensa numa mochila-coração. Porque é atrás do vermelho que eu tenho andado, também.

Me conta da viagem, depois. Não precisa nem do roteiro, basta saber que ela foi feita.

Todos os beijos, Madá!

Jaya Magalhães disse...

Madáááááááááááááááááááááááááááááá!

Jaya Magalhães disse...

Eu fiquei rondando, aqui. Mas abria essa caixa de comentários e não sabia o que escrever. Talvez por achar que nenhuma palavra tivesse efeito. Efeito pra demonstrar coisas que eu nem sei, que eu sinto, que eu pressinto.

Ah, Madá, eu escuto tanto, no silêncio. E tua ausência-presente, é sempre uma história de música quando o som ningúém mais escuta. Te saber à espreita faz parecer que a gente se divide em todo canto.

Que o teu tudo saiba vir da maneira mais tua. Eu vou saber receber, de qualquer jeito, em qualquer tempo.

Te espero. E saudade.

Jaya Magalhães disse...

Eu vi num blog que dizia que aqui tinha sido atualizado. E tinha um texto com o título "Aquele cara tem namorada".

Você matou o texto, indignada estou.

Você tá bem? É o que eu quero saber pra hoje. Hoje, me basta isso.

Te abraço.

Jaya Magalhães disse...

Eu nem ligo de deixar 100 comentários aqui. Adoro exclusividade. Rá!

Tô preocupada com você sumida. Aparece?