Às vezes, a bobice dele desaparece quando se encontram naquele corredor que é território dela. Fica sério como se não fosse a mesma pessoa que vai em sua casa aos domingos rir das histórias que aconteceram no decorrer da semana. Ao menos ele a cumprimenta como se deve, e como ela veio cobrando há tempos.
É engraçado perceber a falta de jeito de ambas as partes. Ora ele, ora ela, mas em alguma hora, alguém sempre se constrange e se altera, deixando de ser precisamente a pessoa de quem se faz idéia. Vai ver que nem uma idéia deve ser feita, mas é lógico que os dois fazem mais de mil.
O cumprimento-abraço só acontece no corredor, ou ao menos próximo a ele. Será que o corredor exerce alguma influência sobre o par? - Que surreal seria. Não sendo passível de comprovação alguma, é simplesmente fato que os dois se dão um pouco mais de tempo para conversar ali.
Parece que andam se mostrando mais dispostos. O que antes parecia mínima aversão causada por receio infundado, agora é entendido como singela dificuldade de aproximação. Vale dizer que é da parte dele, afinal, ela só responde às indagações, como se não estivesse se importando com nada mais além de chegar ao fim do corredor. Não sendo fingimento, trata-se da natureza de não manifestar desejos latentes surgidos quando da conquista por meio da piada sem graça e desenvolvidos pelo calor dos toques incisivos em tempo pretérito.
Ela está quase sempre entrando, enquanto ele está quase sempre saindo, mas tem um ponto no corredor que é dividido entre os dois. Melhor, é dividido pelos dois.
Uma piada pra quem espreita disfarçadamente o diálogo que ele tenta promover, ao tempo em que ela se faz mais monossilábica que o normal. - Quanta pressa em largá-lo!
Mocinhas que passam por ali maliciam a conversa morna. Impossível lhes tirar a razão, vez que já fora muito quente, quase a enlouquecendo à época.
Logo, a dona do território segue o caminho do corredor até o limite, e ai, quando pára e olha para trás, é que se pergunta, um tanto feliz e um bocado confusa,"o que é que ele quis dizer com 'domingo eu estarei lá de novo'?".
[ :D]
É engraçado perceber a falta de jeito de ambas as partes. Ora ele, ora ela, mas em alguma hora, alguém sempre se constrange e se altera, deixando de ser precisamente a pessoa de quem se faz idéia. Vai ver que nem uma idéia deve ser feita, mas é lógico que os dois fazem mais de mil.
O cumprimento-abraço só acontece no corredor, ou ao menos próximo a ele. Será que o corredor exerce alguma influência sobre o par? - Que surreal seria. Não sendo passível de comprovação alguma, é simplesmente fato que os dois se dão um pouco mais de tempo para conversar ali.
Parece que andam se mostrando mais dispostos. O que antes parecia mínima aversão causada por receio infundado, agora é entendido como singela dificuldade de aproximação. Vale dizer que é da parte dele, afinal, ela só responde às indagações, como se não estivesse se importando com nada mais além de chegar ao fim do corredor. Não sendo fingimento, trata-se da natureza de não manifestar desejos latentes surgidos quando da conquista por meio da piada sem graça e desenvolvidos pelo calor dos toques incisivos em tempo pretérito.
Ela está quase sempre entrando, enquanto ele está quase sempre saindo, mas tem um ponto no corredor que é dividido entre os dois. Melhor, é dividido pelos dois.
Uma piada pra quem espreita disfarçadamente o diálogo que ele tenta promover, ao tempo em que ela se faz mais monossilábica que o normal. - Quanta pressa em largá-lo!
Mocinhas que passam por ali maliciam a conversa morna. Impossível lhes tirar a razão, vez que já fora muito quente, quase a enlouquecendo à época.
Logo, a dona do território segue o caminho do corredor até o limite, e ai, quando pára e olha para trás, é que se pergunta, um tanto feliz e um bocado confusa,"o que é que ele quis dizer com 'domingo eu estarei lá de novo'?".
[ :D]
7 comentários:
é o corredor se fazendo território dele.
... confesso, tenho certa dificuldade em escrever nesse mundo de cá. me deixas mudo com tuas letras. me deixas sempre a pensar/resgatar. e gosto disso. me trás o treino da não palavra... aquele que se expressa nas vias do corpo percorrendo o instante.
[obrigado]
beijos meus
paulo
Admitir que sabe de mim não é exatamente o tipo de coisa que me comove, eu nunca ignorei ou subestimei a sua inteligência, bem como seu coração nunca me pareceu ser pobre e/ou impuro.
Através desse mesmo entendimento é que não preciso explicar ou demonstrar absolutamente nada para você. Nem você deseja isso.
Despenda, então, de qualquer sensibilidade para entender que palavras são só e somente palavras, e não almejo, de forma alguma, torná-las reais se assim já não forem. - Ensinaram-me muito eficazmente que palavras não equivalem a atos, e você há de concordar. ;)
Não é Rimbaud quem diz "a poesia não voltará a ritmar a ação"?
Recomendo que não faça mesmo aquilo que não quer. Se não gosta do meu estilo, das minhas palavras e dos meus embustes, não tem razão alguma de me acompanhar.
A propósito, não tenho plateia, tenho com quem dividir a beleza de coisas que não se pode ver, e para dividir algo comigo é preciso mais do que apenas querer.
Tenho certeza que sabe fazer o que deseja com eficiência, mas ignoro, por completo - acredite!-, qualquer dos resultados. Por isso mesmo que jamais me preocuparei. Entretanto, desejo-lhe, sinceramente, e por fim, sorte.
p.s. Repetida falta nominal.
No corredor, os sentimentos transitam. As diferenças já nem são. A pressa, é vontade de girar os ponteiros para o lado inverso. Ela entra, ele sai: importa é o encontro do meio. Dividem-se, pra depois somar.
Hoje, é domingo.
Beijos daqui, dona moça.
oi Madalena, como vai você ?
obrigado pelo comentário no meu blog. perdão a demora e o seu blog é bem legal. conte-me um conto qualquer dia :)
Eu, quis te ler, hoje.
Sinceramente? Eu também.
s2
=*
PS: Estou aqui.
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