sábado, 4 de outubro de 2008

Na varanda da cama

Ela levanta do sofá em direção a varanda enquanto ele, insuportavelmente, fuma. Não resiste e, mesmo com toda a fumaça, segurando a respiração, o abraça pelas costas e cheira seu pescoço, procurando a posição perfeita para senti-lo um pouco mais.
Um pouco de atenção e um beijo na bochecha desesperam o coração dela que não sabe mais controlar pulsações. Tentando disfarçar o coração desarazoadamente acelerado, desabraça-o para observar os carros insignificantes que passam pela rua durante à noite.

Passado o sonho, acorda com a lembrança mais adorável de todo o dia anterior, sendo o suficiente para que acorde muitos outros dias e fique na cama para sentir saudade do dito dia, dele, do carinho e a lamentável inexistência de força para tê-lo daquele jeito todos os dias.
Com uma determinada certeza, torce para que os dias posteriores não lhe sejam inseguros como foi este, pois já não importa se seria bom ou ruim se instabilizar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lembranças! Ahhh lembranças!
Nos invadem a alma, e nos atinge no mais profundo. Coração! Músculo pulsante - de intensidades q variam e quebram fronteiras!!!
Um belo domingo regado de boas lembranças! Beijo.

Anônimo disse...

Desculpa, enviei sem colocar o nome. Shauan Prado!