terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ao desconhecido

Quando escrevi aquela carta,
queria confessar a vontade de me enconstar em teu peito,
sentir, na vontade de controlar meus impulsos, o seu jeito
e, então, dormir.
Quando escrevi,
queria apresentar o potencial que tinha de me envolver,
de me fazer desmanchar,
e de me prender.
Quando fui ao correio,
queria que me visse chegar
nas mãos do carteiro,
e quando chegasse,
queria poder lhe apertar
e em suas mãos me dissolver sem medo.
Queria ser tateada do mesmo modo
que se passam seus dedos
pelas letras que imprimi.
Sem almejar respostas,
escrevi.
Sem crer na presença a se sentir,
nem medi.
Sem querer,
esqueci.
Quando a carta chegou,
nem sei se pensou,
você não comentou
e me deixou por ali.

3 comentários:

Bruno Azevedo disse...

rsrsrs...
ah! as cartas de amor...
quantas nao ja foram escritas, ou nao... quantas nunca foram lidas, ou nao.


eu ja escrevi algumas, como disse o poeta, todas tolas... mas todas minhas!!!

Jefferson disse...

gemte, escrve um prael!
rs

enfim, preciso tomar vergonha e postar algo decente!
piff

Bruno Azevedo disse...

tenho sentido falta de alguem?
porque sera?