quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Alquimia velha

"E porque parece tão perto o dia em que nada mais vai importar como tanta coisa já deixou de ser como era e, porque, com algumas restrições, nos tornamos real e reflexo “vivos” sem definir os papéis.
Por instantes, meus sentidos se aguçam ao sentir quando me “toca” e quando te sinto. Ressoa certo romantismo, o ambiente fica tomado por silêncios, olhares e risos. São as emoções, mais que somadas, confundidas pela intelectualidade das atrações.
O coração se une à mente se deixando comandar por dois alquimistas que tentam se definir por termo só! As essências coloridas e porções químicas e/ou mágicas se misturam, sem receita, reagindo e adaptando-se a cada experiência. Exalam perfume inodoro, borbulham silenciosamente, explodem sem iluminar e se colorem de transparência.
Os conceitos se fazem próprios e as fórmulas se definem por naturalidade como se simples fossem; as anotações escritas simultaneamente por caligrafias diferentes, temas controversos e assunto único gravam-se por códigos motivados por alguma espécie de censura.
Os olhos fechados, em sonho ou acordados, repetem e/ou prevêem cada reação com a mesma sensação da realidade; os ouvidos desejam os silêncios e as palavras sinceras concomitantemente; as mãos, os carinhos; os lábios, os beijos e as atenções aos sons; ...e os olhos, os outros!
Sem a necessidade de catalisadores, as experiências se dão com maior freqüência. O perfume inodoro é, então, cheiro de pele; as borbulhas, batidas aceleradas; as explosões, impulsos vorazes; ...e a cor, verde!
Os resultados parciais revelam a proximidade do produto final.
Ou, em termos pessoais, desenvolvem a possibilidade de AMAR".





De todo o simbolismo existente, aqueles olhos verdes foram a coisa mais encantadora que se pôde ver e sentir.

Fazia adentrar no corpo toda a esperança (verde); brotar uma incrível vontade de rolar pela grama (verde), depois de um pique-nique romântico; e querer se afogar no mar (verde), mesmo que turbulento.
Ignora-se a razão da emoção traduzida numa só cor.
E eu que achava que paixões eram vermelhas.

Um comentário:

Bruno Azevedo disse...

paixoes podem ter todas as cores...
algumas uma cor so de cada vez, outras vezes todas as cores ao mesmo tempo. Paixoes tambem podem nao ter cor nenhuma... sao as paixoes invisiveis!!!